A adolescência é um período de intensas transformações, tanto físicas quanto emocionais, e pode representar um desafio tanto para os jovens quanto para seus pais. Nessa fase crucial, ouvir os filhos torna-se fundamental para o desenvolvimento saudável e emocional.
A prática da escuta ativa, que envolve verdadeiramente se esforçar para entender e valorizar as necessidades, sentimentos e opiniões dos adolescentes, é essencial para estabelecer uma comunicação aberta e honesta. É através desse diálogo que pais e filhos podem se conectar de maneira significativa, mesmo diante de divergências.
Psicóloga Priscilla Peixoto Araújo
Além de fortalecer o vínculo entre pais e filhos, a escuta ativa proporciona aos adolescentes a oportunidade de aprenderem habilidades importantes sobre relacionamentos humanos. Expressar sentimentos como tristeza, raiva ou frustração de forma saudável e produtiva é fundamental para o desenvolvimento emocional.
Para lidar com as mudanças de comportamento características da adolescência, algumas dicas podem ser úteis:
Seja paciente: Entenda que a adolescência é uma fase de transição e que os jovens estão buscando sua própria identidade.
Mantenha uma comunicação aberta: Faça perguntas e ouça atentamente as respostas para compreender os pensamentos e sentimentos dos adolescentes.
Estabeleça limites claros: Defina regras e consequências consistentes para o comportamento indesejado, ajudando os adolescentes a entender o que é esperado deles.
Dê autonomia: Permita que os adolescentes tomem decisões e assumam responsabilidades dentro de limites seguros.
Seja flexível: Esteja aberto a mudanças e adapte sua rotina e expectativas às necessidades dos adolescentes.
Forneça apoio: Esteja disponível para ouvir os adolescentes sem críticas e evite dar conselhos desnecessários.
Veja o processo como algo natural: Entenda que as mudanças de comportamento na adolescência são normais e fazem parte do processo de amadurecimento.
É importante ressaltar que a terapia pode ser uma ferramenta valiosa durante a adolescência, contribuindo para uma relação mais harmoniosa entre pais e filhos e reduzindo a vulnerabilidade a problemas emocionais como depressão e ansiedade.
Por Priscilla Peixoto Araújo
Psicóloga
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Postado por Rafaela Melo, no dia 31/03/2024 - 17:35
