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Saúde


Chocolate na Páscoa: como reconhecer a qualidade do produto?



foto: Maria Chocolate

Com a Páscoa se aproximando, os consumidores têm se deparado com uma questão intrigante: como saber se o chocolate que estão comprando é realmente de qualidade? Nas redes sociais, reclamações sobre chocolates com "gosto de parafina" têm se tornado comuns nos últimos meses, despertando a preocupação dos brasileiros em garantir um produto genuíno.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apenas os produtos que combinam cacau e açúcar podem ser chamados de chocolate, com ou sem adição de outros ingredientes. No entanto, a ampla definição de chocolate abre espaço para variações na qualidade e no sabor do produto final, como explica a coordenadora do curso de Gastronomia da Universidade Positivo (UP), Leticia Kataniwa.

"A proporção entre cacau e açúcar, juntamente com a adição de outros componentes, pode afetar significativamente o sabor do chocolate. A Resolução RDC 264 da Anvisa estipula que um produto deve ter no mínimo 25% de sólidos de cacau para ser considerado chocolate. No entanto, quando há um excesso de açúcar ou gordura na composição, o sabor autêntico do chocolate pode ser comprometido", esclarece Kataniwa.

A reformulação das receitas por parte de marcas populares é apontada como uma das principais razões por trás das mudanças de sabor observadas pelos consumidores. Essa reformulação, muitas vezes motivada por questões econômicas, pode resultar na adição de ingredientes como gordura de soja, de palma ou de algodão, que afetam negativamente a qualidade do chocolate.

Para evitar adquirir produtos de qualidade inferior, especialistas recomendam que os consumidores leiam atentamente os rótulos dos chocolates. "Menos é mais quando se trata de ingredientes. Quanto menos ingredientes, maior a probabilidade de o produto ser de boa qualidade. Além disso, é importante verificar a porcentagem de cacau, que não apenas influencia o sabor, mas também oferece benefícios para a saúde", aconselha Kataniwa.

Além disso, uma tendência crescente são os produtos "bean to bar", que garantem uma maior atenção em cada etapa do processo de fabricação do chocolate, desde a seleção dos grãos até a combinação de ingredientes, refletindo uma preocupação com a qualidade e a sustentabilidade.

Quanto aos diferentes tipos de chocolate disponíveis no mercado, como ao leite, amargo, meio amargo e branco, cada um possui características distintas em termos de sabor e composição. O chocolate amargo, por exemplo, é geralmente considerado mais saudável devido ao seu alto teor de cacau e baixo teor de açúcar.

Sobre o chocolate branco, há uma polêmica sobre se pode ou não ser considerado chocolate. Apesar de não conter massa de cacau, é composto de manteiga de cacau, o que, de acordo com a Resolução RDC 264 da Anvisa, permite que seja denominado chocolate.

Com essas informações em mente, os consumidores podem fazer escolhas mais conscientes na hora de comprar chocolates para celebrar a Páscoa, garantindo não apenas um sabor delicioso, mas também a qualidade e autenticidade do produto.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 30/03/2024 - 08:20


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