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Região


85 anos de Congonhas: conheça a história, pontos turísticos e opções de lazer da cidade



Edmilson Dutra

 

Neste domingo, dia 17 de dezembro, Congonhas celebra seus 85 anos. Com área territorial de 304,067 km² e população de 52.890 pessoas, a história da cidade está intimamente ligada à descoberta de lavras de ouro em Minas Gerais. A povoação foi originalmente implantada sobre dois morros opostos, entre os quais corre o rio Maranhão, antigo rio Congonhas.

No início do século XVIII, o povoado era considerado um importante centro de mineração, de onde saíram grandes fortunas. Em meados desse mesmo século, Congonhas havia se tornado um importante centro religioso. Na área central, que corresponde ao núcleo de origem da antiga povoação, as praças surgiram junto às igrejas, como a Praça da Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matozinhos. A mais antiga das igrejas é a de Nossa Senhora do Rosário, construída no início da formação do povoado.

Quando as minas de ouro começaram a se esgotar, surgiram as consequências: a cidade viveu um período de marasmo econômico que só era relativamente aliviado uma vez por ano, em setembro, durante a semana do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos, quando milhares de romeiros visitavam a cidade. O município voltou-se à exploração do minério de ferro e, em 1811, o barão Wilhelm Ludwig von Eschwege, veio ao Brasil para estudar as riquezas minerais da região e instalou, com apoio local, o primeiro centro siderúrgico do país - a Usina Patriótica.

Congonhas (antiga Congonhas do Campo) pertenceu ao município de Ouro Preto, durante muito tempo. Apenas em 1938, foi elevada à categoria de município e, em 1948, seu nome foi simplificado para Congonhas. Na segunda metade do século XX, a exploração do minério de ferro renovou a economia local. Grandes empresas mineradoras colocaram Congonhas entre as cidades que mais arrecadam impostos, no Estado de Minas (século XX e início do século XXI).

Patrimônio histórico

Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (iniciado em 1757): A iniciativa da construção do templo se deve ao minerador Feliciano Mendes, que acompanhava a bandeira de Bartolomeu Bueno quando caiu em uma grave enfermidade. Desesperado, o minerador fez uma promessa a Bom Jesus de Matosinhos, jurando trabalhar exclusivamente a seu serviço caso melhorasse. Ficando curado, Feliciano teria passado a colher esmolas para a construção do templo, que não chegou a ver completado.

Passos da Paixão: Em frente ao Santuário estão os Passos da Paixão de Cristo, distribuídos em seis capelas, que abrigam as 66 peças esculpidas em cedro por Aleijadinho e sua equipe e pintadas por Manoel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro. Datam entre 1796 a 1799. 1º Passo – Ceia / 2º Passo – Horto / 3º Passo – Prisão / 4º Passo – Flagelação e Coroação de Espinhos/ 5º Passo – Subida ao Calvário ou Cruz-às-Costas / 6º Passo – Crucificação

Profetas: Depois da conclusão das obras dos Passos da Paixão, Aleijadinho e seus auxiliares iniciaram a execução dos 12 Profetas para o adro da Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. De 1800 a 1805, Aleijadinho, mesmo muito doente, deixou aqui, nas imagens esculpidas em pedra-sabão, a marca de sua genialidade. Os profetas são de tamanho natural. Estão vestidos à moda oriental e carregam uma cartela com inscrição latina, segundo a profecia de cada um. São eles: Jeremias, Isaías, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Naum e Habacuc.

Salão dos Ex-votos: No Pátio da Basílica está o Salão dos Ex-votos. De várias épocas, contam através de pinturas, retratos, ceras modeladas (na forma de braços, mãos, cabeças) e cartas, que registram os milagres obtidos por intermédio do Bom Jesus de Matosinhos. O ex-voto é uma forma popular de agradecimento por uma graça alcançada. É um testemunho de fé religiosa.  Também conhecido como sala dos milagres, o espaço foi tema de uma reportagem especial do Jornal CORREIO. Assista:

Opções de lazer

Parque Ecológico da Cachoeira: Cercado por uma natureza exuberante e banhado pela cachoeira de Santo Antônio, o Parque Ecológico da Cachoeira, de Congonhas, oferece uma estrutura completa de esporte, lazer e entretenimento para congonhenses e turistas. Além de piscinas para adultos e crianças, o espaço conta com quadras poliesportivas, campo de futebol, área de churrasco, camping, lanchonete e estacionamento. O Parque funciona das 8h às 18h, de terça-feira a domingo. O valor do ingresso de terça a sexta-feira é R$ 4. No sábado, R$ 5. Já em domingos e feriados, a entrada custa R$ 10. A área de camping pode ser utilizada durante 24h, ao preço de R$ 25 por pessoa. Crianças menores de 12 anos e adultos com idade superior a 60 anos têm garantida a entrada gratuita. Estudantes e funcionários da Prefeitura de Congonhas pagam meia-entrada, mas é necessário apresentar os documentos de identificação na bilheteria.

Museu de Congonhas: O museu de Congonhas foi concebido como espaço de interpretação do sítio histórico do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, conjunto incluído no livro de Tombo de Belas Artes do IPHAN, em 1939, e inscrito na lista de patrimônio Cultural Municipal da Unesco, 1985. A arquitetura, as obras de arte – com destaque para a obra de Antonio Francisco Lisboa, O Aleijadinho – e as manifestações de fé conferem ao sítio o valor transcendente, de múltiplos significados que o museu busca realçar conduzindo o visitante a uma experiência de fruição estética, sensorial e intelectual. Atendimento: terça, quinta, sábado e domingo, das 9h às 17h. Entrada R$ 10. Quarta-feira, das 13h às 21h. Entrada gratuita. Para pessoas cima de 60 anos e estudantes, a entrada é R$ 5. Crianças de até 11 anos, a entrada franca. Endereço: Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, 77, Basílica.

Museu da Imagem e Memória de Congonhas: Instalado no antigo Casarão dos Fonseca, na Rua Bom Jesus (histórica Rua da Ladeira). No imóvel foram criados ambientes para exposição de fotos, documentos e objetos antigos da cidade e das personalidades que fizeram a história de Congonhas: Tia Vick, que criou a Escola de Balé Victória Parcus; o médium Zé Arigó. Atendimento: terça a sexta-feira, das 9h às 17h. Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h. Visitação gratuita. Endereço: rua Bom Jesus, 250, Basílica.

Com informações de: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1482/ ; https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg/congonhas.html ; https://www.congonhas.mg.gov.br 




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Postado por Frances Elen, no dia 17/12/2023 - 17:20


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