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Saúde


Psiquiatra do HMSJ orienta sobre o combate ao estigma do suicídio



Fotos: divulgação

 

O tema suicídio é delicado, mas o silêncio não é um bom remédio. Quem alerta é o psiquiatra do Hospital e Maternidade São José, Dr. Flávio Melo. Ele relata que 17% da população geral, algum dia, pensou em sumir ou morrer. Mais de 700 mil pessoas, por ano, tiram a própria vida no mundo. Por outro lado, para cada pessoa que morre por suicídio, é provável que haja mais de 20 tentando tirar à própria vida e cerca de 80% das pessoas que tentaram suicídio, avisaram, de alguma forma, sua intenção. 

Mais de 90% dos óbitos por suicídio estão ligados à transtornos mentais ou abuso de álcool e droga. O Brasil é um dos países com as maiores taxas de diagnósticos de transtornos de ansiedade e depressão do mundo. A maioria (79%) são homens. Enquanto isso, taxas mundiais de suicídio diminuíram 36%, mas, na região das Américas, tiveram um aumento. As estatísticas mostram ainda que entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta causa de morte, atrás de acidentes no trânsito, infecções respiratórias e violência interpessoal.

O especialista orienta que alguns sinais devem ser observados, como mudanças na rotina do sono, isolamento da família e do contato social de forma repentina, comentários como “eu prefiro morrer do que passar por isso”, uso de roupas de mangas longas, mesmo quando está calor, comportamento que pode indicar marcas de automutilação nos braços ou antebraços e diminuição do rendimento escolar.

O principal aliado nessa batalha é o acolhimento do paciente, que, dificilmente, procura atendimento. O preconceito impede pessoas de buscarem ajuda e vidas deixam de ser salvas. Cerca de 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.

O comportamento suicida impacta profundamente as famílias e comunidades e continua sendo um desafio universal com milhões de pessoas impactadas. A redução da mortalidade por suicídio é de importância global e uma consideração vital para a saúde pública. “Você pode ajudar. Fique atento aos sinais. Cuide de seus familiares e amigos, procure um médico habilitado em Psiquiatria. Combater o estigma, é salvar vidas”, orienta.

Dr. Flávio Melo é especializando Psiquiatria da Criança e Adolescência (USJ) com especialização em Psiquiatria (CENBRAP) e Cardiologia (FATECPR). È coordenador e plantonista do CTI do HMSJ, Plantonista PA, Sala vermelha e UTI – HISA. Atua também como psiquiatra/ Saúde Mental SUS em Congonhas e Ouro Branco, além de Barroso e Barbacena.

Site: www.saojosehospital.com.br

Instagram: saojosehospital

Telefone: (31) 3769-6964

Endereço: rua Dom Pedro, 340 - São Sebastiao, Conselheiro Lafaiete - MG, 36400-000




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Postado por Jornal Correio, no dia 13/09/2023 - 08:59


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