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Opinião


Editorial: a qualidade de vida em CL e o respeito aos direitos e deveres de um povo



Arquivo Jornal CORREIO

 

Nunca é demais repercutir situações constrangedoras que acontecem rotineiramente em Lafaiete, uma cidade que na década de 90 – é sempre bom lembrar – figurou como a 10ª cidade de Minas Gerais em qualidade de vida. Grande parte da população local, de mais de 131 mil habitantes, creem, piamente, ter somente direitos, já que os muitos deveres são esquecidos propositadamente e relegados a planos, digamos, secundários. Não se pode, evidentemente, generalizar, mas o que se observa, atualmente, é que são cada vez mais raras as pessoas que, assim como os seus direitos, respeitam e cumprem fielmente com os seus deveres.
O grande contingente populacional, especialmente de Lafaiete, ignora as leis de trânsito, não respeita filas, joga lixo e móveis velhos em qualquer lugar, a qualquer hora, deposita entulhos de obras em lotes vagos, nos canteiros centrais das vias públicas, não respeita as forças de segurança, bebem antes de dirigir e passam, literalmente, "por cima" de tudo e de todos, num flagrante desrespeito ao próximo, à natureza e aos animais (Leia na página 11 matéria sobre o abandono de cães). Quando essa situação se enraiza de tal forma, como em nossa cidade, não há política pública, forças de segurança e prefeito que aguentem o tranco. O caos impera dia e noite.
A sensação de impunidade é tamanha que o desrespeito se torna banal e se insere no cotidiano das pessoas. Todos, lamentavelmente, acham normal o cidadão depositar seu lixo nas calçadas, no lote alheio e no leito do pobre rio Bananeiras. Assim como é normal também ampliar o camelódromo para além da praça Getúlio Vargas, na entrada e escadarias do túnel sob a linha férrea e no canteiro central da principal avenida do município. Não se respeitam mais normas e regras de convivência em CL e a ordem é ocupar, fazer o que quiser do espaço público e tirar o maior proveito possível.
É preciso chamar a atenção, porém, da inércia da prefeitura de Lafaiete em fazer cumprir as leis que regulamentam os bons costumes e a ocupação do solo. É fato que o poder público, representado pela PMCL, só tem agido na chamada "bacia das almas", quando, literalmente, o leite já está derramado, como no caso recente da ocupação irregular da rodoviária local. Mais do que chamar a responsabilidade, a prefeitura precisa também cumprir o seu papel e exigir, custe o que custar e doa a quem doer, o cumprimento pleno das leis municipais. Está ficando cada vez mais difícil para as pessoas que têm consciência de seus deveres e direitos, sobreviverem nesta cidade.
Ainda há tempo de o poder público mostrar que não sucumbiu ao quadro de horrores que se transformou Lafaiete. Mas é necessário agir rápido e tomar as rédeas da situação, colocando em prática o que a Câmara Municipal demorou anos para aperfeiçoar e passar para o papel. Que as leis passem a ser cumpridas, de fato, na outrora aprazível Conselheiro Lafaiete. Com a palavra a PMCL!




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Postado por Rafaela Melo, no dia 25/07/2023 - 12:00


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