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Saúde


Centro de Referência em Saúde Indígena inaugurado no território Yanomami irá atender cerca de 2,7 mil pessoas



 

Ao completar três meses de atuação da Missão Yanomami, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, inaugurou o Centro de Referência em Saúde Indígena, em Surucucu, no território Yanomami. Preparada para atendimentos de urgência, consultas, exames, acompanhamento periódico de crianças e pré-natal, tratamento de malária, desnutrição, trauma e acidente ofídico (picadas de cobras), a unidade teve a inauguração na última sexta-feira (21/4). O centro de referência foi projetado para atender cerca de 2,7 mil pessoas, distribuídas em 46 aldeias, fortalecendo a assistência permanente no território, reduzindo a necessidade de locomoção dos indígenas para Boa Vista (RR).

O local foi equipado para atender cerca de 100 pacientes por dia, além de 20 admissões diárias. A unidade atenderá a região e também os pacientes dos polos Parafuri, Haxiu, Homoxi, Xitei e Waputha. Ela é dividida em ala ambulatorial, sala de acolhimento e triagem, salas de estabilização, consultórios, lactário, farmácia, laboratório e microscopia. A estrutura permanente também contará com refeitório, centro de convivência e redários.

A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana elogiou as instalações. "Estamos trabalhando em ações conjuntas e isso não acaba aqui. Cada ação chama para outra. O Centro de Referência é extremamente necessário, mas nosso desafio é maior. Temos que trabalhar na desintrusão da Terra Indígena, com ações de vigilância e monitoramento. Estamos elaborando um plano que vai além de ações emergenciais, com ações futuras para reverter toda essa situação, um Plano de Proteção", afirmou.

A equipe contará com cerca de 30 profissionais, entre médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros, nutricionistas e técnicos de nutrição, técnicos de laboratório, farmacêuticos, microscopistas, cozinheiros e serviços gerais. Os contratos são feitos via DSEI-Y (Distrito Sanitário Especial Indígena), Força Nacional do SUS ou convênios com instituições como Fiotec (Fundação de apoio à Fiocruz), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Expedicionários da Saúde (EDS).

TRÊS MESES - A declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) completou três meses na sexta-feira, 21/4, com mais de 5,3 mil atendimentos realizados entre a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), os polos-base no território, o Hospital de Campanha das Forças Armadas e o hospital Geral de Boa Vista. Desde janeiro, o governo federal mobiliza uma operação interministerial para salvar vidas e garantir o acesso à saúde aos povos da região. Os principais problemas de saúde identificados nessa população são: malária, pneumonia e desnutrição.

“Conseguimos reduzir significamente o número de óbitos. Alguns agravos de malária, de desnutrição e de doenças respiratórias também foram controlados”, destacou o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba.

A recuperação nutricional das crianças segue como um dos principais focos das ações do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Yanomami). Até o momento, foram acompanhadas 95 crianças na Casai, 63 delas se recuperaram, outras seis seguem em acompanhamento para desnutrição grave e 26 com quadro moderado.

Desde o início do ano, mais de 700 pacientes já foram transportados por aeronaves em todo o território. Além do envio de profissionais para o reforço no atendimento, o Ministério da Saúde segue enviando insumos para utilização nos atendimentos de urgência: 75,9 mil testes rápidos, sendo 21,7 mil para malária, 38,9 mil antibióticos e mais de 280 mil medicamentos para malária.

 




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Postado por Nathália Coelho, no dia 26/04/2023 - 19:20


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