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Saúde


Especialista explica como lidar com o medo das crianças



Divulgação

 

Lidar com o medo das crianças tornou-se uma necessidade – especialmente para que elas atravessem este momento de forma menos traumática possível. Mas como levar tranquilidade a elas quando o nosso próprio coração não possui esse sentimento? Seria recomendado conversar com as crianças mesmo assim? De acordo com a educadora parental Michelle Brandão, a resposta é sim.


“Especialistas em desenvolvimento cerebral infanto-juvenil recomendam que os pais conversem sobre todos os temas com seus filhos; respeitando, claro, a idade, maturidade e capacidade de compreensão de cada criança. Mas é necessário, principalmente, que sejamos um canal aberto de comunicação para com eles. A criança precisa saber que pode contar com os adultos responsáveis por ela e sentir segurança para se abrir com eles, buscando apoio em qualquer situação. E a base disso está fundamentada na intimidade e honestidade emocional que nós, adultos, construímos com as crianças, quando genuinamente estamos disponíveis para acolher alegrias e realizações, mas também medos e angústias”.


Conforme situa, equilibrar a conversa entre o informar/ajudar a criança a se proteger requer dos adultos um manejo das suas próprias emoções e autocontrole. “É preciso ser honesto quanto a gravidade da situação e, principalmente, quanto às orientações de como se dever agir em situações-limite. Assim, a conversa com a criança/adolescente se torna válida na proporção em que também é demonstrado o interesse e cuidado para com eles”, pontua a educadora parental.


E essa preocupação com a proteção, como bem ressalta, não deve se limitar ao ambiente externo: “É essencial se conscientizar também do quanto a família está efetivamente protegendo os filhos dentro de casa. Sabem dos seus hábitos, do conteúdo acessado na internet? Tem controle sobre grupos, interesses, conversas e planos com os colegas, sabe sobre medos, angústias e anseios que têm? Tudo isso afeta diretamente no modo como a criança vai se comportar no ambiente externo, suas escolhas e tomadas de decisão, grupos aos quais vão se aliar ou afastar”.


Michelle Brandão alerta que apenas delegar à escola o monitoramento e policiamento não será eficaz no controle da violência. “Construir diariamente uma intimidade emocional com os filhos viabiliza uma conversa produtiva que trará envolvimento, interesse e trocas eficazes com a criança/adolescente. E quanto mais eles têm clareza sobre o que está acontecendo, mais constroem um senso interno de previsibilidade, o que as torna mais seguras também.

Nos EUA, existe um protocolo para situações de terrorismo em massa que é correr, esconder, lutar. Mas acredito, diante da minha experiência com as diversas famílias que acompanho e como mãe, que a maneira mais assertiva de proteger nossos filhos é construindo intimidade emocional com eles, informando-os e proporcionando-os a certeza de que podem contar conosco para então o “correr, esconder, lutar” seja desempenhado com êxito acaso seja necessário”, ressalta a educadora parental, que alerta:
“Os adultos precisam urgentemente se mobilizar para efetivamente ajudarem às crianças e adolescentes a desenvolverem habilidades socioemocionais de modo que em quaisquer situações de perigo consigam se proteger e/ou darem conta de lidar”, finaliza.

Michelle Brandão
Educadora Parental
Endereço: avenida Professor Manoel Martins, 491.
Contatos: @michellebrandaoliveira.
(31) 98898-6690




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Postado por Rafaela Melo, no dia 26/04/2023 - 16:27


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