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Região


Congonhas: museu a céu aberto no coração do barroco mineiro

Município abriga 78 esculturas em tamanho real de Aleijadinho e preserva forte identidade religiosa



O Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e os 12 profetas em pedra sabão

Conhecida pelo famoso jubileu, Congonhas se destaca com a forte presença da religião em sua história. O vasto acervo de obras de Aleijadinho atrai visitantes que desejam conhecer mais sobre a obra do artesão no berço do barroco mineiro. Localizado a 24km de Lafaiete, conheça os encantos do município de aproximadamente 55 mil habitantes.

O surgimento de Congonhas se entrelaça com a corrida do ouro, em meados do século XVIII, quando portugueses chegaram na região. A origem do nome vem da planta “Congonha’, uma erva medicinal com propriedades anti-inflamatórias e calmantes que ainda é consumida na forma de chá por moradores na região.

A diretora de Turismo, Marielly Carneiro, lista alguns pontos turísticos imperdíveis para visitar: “Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e todo o complexo, que inclui Beco dos Canudos, Museu de Congonhas e Romaria, Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Matriz de São José, Parque Ecológico da Cachoeira, Museu da Imagem e Memória, Igreja Nossa Senhora do Rosário e Igreja Nossa Senhora da Soledade, no distrito de Lobo Leite”.

O Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos foi reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1985. Está localizado próximo ao Museu de Congonhas e à Romaria, além de abrigar o museu aberto com os 12 profetas em pedra sabão. A imponente estrutura contou com acabamentos de importantes artistas brasileiros, como Manoel da Costa Ataíde, Francisco Xavier Carneiro e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

É impossível pensar em Congonhas sem se lembrar das 78 esculturas do mestre escultor, feitas em tamanho natural, dispostas no entorno da Basílica de Bom Jesus de Matosinhos. Além dos 12 profetas, 66 esculturas entalhadas em madeira contam o calvário de Jesus e estão dispostas nas capelas do Passo da Paixão, na ladeira histórica.

Para Marielly, essa identidade religiosa contribui para a identificação dos congonhenses com os monumentos que os cercam: “Eles se identificam com o Santuário e a ladeira histórica pois são muito representativos, através das igrejas presentes e de eventos, como a Semana Santa e o Jubileu. O Parque Ecológico da Cachoeira também é um ponto de identidade que agora toma uma nova proporção por conta do Cicloturismo, turismo de natureza, contemplação e ecoturismo”, relata.

O envolvimento da população no fortalecimento do setor na região é muito importante e Marielly reforça: “É necessário sensibilizar nossa comunidade sobre o turismo, sua importância e benefícios para trabalhar o sentimento de pertencimento e possibilitar que todos conheçam e se orgulhem da nossa história. Envolvimento com iniciativa privada, educação e políticas públicas são imprescindíveis para trabalhar nessa construção e pensar nas futuras gerações”.

A hospitalidade dos congonhenses e as belezas do município contribuem para tornar Congonhas um lugar acolhedor. “Aqui é a riqueza de Minas! Acredito muito no potencial da cidade e na força das pessoas. Nossa vocação é o turismo e somos a janela para o mundo. Receber turistas é como receber alguém muito especial na nossa casa. Arrumamos tudo, colocamos as melhores toalhas, louças. Tudo feito com tanto carinho que o sentimento que fica é o amor. Turismo é isso, amor. E que ele aconteça de dentro para fora”, finaliza Marielly.

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Postado por Frances Elen, no dia 10/09/2021 - 10:49


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