Foto: Reprodução redes sociais
Os dados confirmam o impacto do envelhecimento populacional na ampliação das limitações funcionais, e mostra os problemas de acessibilidade na cidade
A deficiência em Lafaiete tem gênero, idade e cor. Segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE no dia 23 de maio, 6,8% da população lafaietense possui algum tipo de deficiência - percentual ligeiramente inferior à média nacional de 7,3%. O município ocupa a 3.733ª posição entre os municípios brasileiros, o que o posiciona entre os de menor proporção relativa de pessoas com deficiência. Ainda assim, os indicadores locais revelam disparidades importantes por sexo, idade, escolaridade e raça.
Envelhecer ainda é o principal fator que define a deficiência. Em Lafaiete, o percentual sobe de 2,2% entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, para 4,6% na faixa de 15 a 59 anos. Entre os idosos de 70 a 74 anos, o índice atinge 18%, e beira os 50% a partir dos 90 anos. Os dados confirmam o impacto do envelhecimento populacional na ampliação das limitações funcionais, e mostra como os problemas de acessibilidade na cidade, revelados pelo IBGE e abordados pelo Jornal CORREIO na edição anterior, impactam na vida de um número cada vez maior de pessoas. A exemplo do padrão nacional, mulheres representam maior percentual de pessoas com deficiência em Lafaiete: 7,8%, contra 5,7% entre os homens. Brancos representam 6,4%, pardos 6,8% e pretos 8,1%.
Tipos de deficiência e limitações funcionais
Em Lafaiete, o tipo de deficiência mais prevalente é a visual (3,3%), seguida por dificuldades de locomoção, como andar ou subir escadas (2,6%). As dificuldades de audição (1,2%), coordenação motora fina, como pegar objeto ou abrir garrafas (1,3%) e funções mentais (1,4%) aparecem com índices menores.
A desigualdade no acesso à educação entre pessoas com e sem deficiência é outro dado escancarado pelo Censo 2022. Em Lafaiete, 60,27% das pessoas portadoras de deficiência têm apenas ensino fundamental incompleto ou são sem instrução, contra 25,33% da população sem deficiência. Apenas 4,62% das pessoas com deficiência têm ensino superior completo, enquanto entre a população sem deficiência essa taxa chega a 19,95%. O município, portanto, reproduz o padrão nacional de exclusão educacional: no Brasil, 63,07% das pessoas com deficiência não completaram o ensino fundamental, e só 7,4% têm ensino superior.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 08/06/2025 - 13:30