Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros
Para enfrentar os desafios, o Corpo de Bombeiros realizou mais de 300 ações de prevenção em 2023 e já instalou três novas unidades operacionais
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), está ampliando os esforços para reduzir os riscos de acidentes de trânsito e agilizar os atendimentos no estado. A iniciativa é fruto de um estudo que traçou o retrato das estradas mineiras e permitiu a criação do primeiro banco de dados unificado do país com informações sobre acidentes no território mineiro.
O levantamento analisou mais de 2 milhões de registros de acidentes entre os anos de 2019 e 2025, reunindo dados do CBMMG, SES, Polícia Militar de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal e Samu. A ferramenta fornece informações estratégicas para embasar políticas públicas de prevenção, alocar recursos e melhorar o tempo de resposta às ocorrências.
Segundo o vice-governador Mateus Simões, o banco de dados orienta o Estado de forma estratégica. “É uma ferramenta poderosa na proteção da vida no trânsito e no direcionamento de investimentos”, ressaltou. O estudo identificou as chamadas “áreas quentes”, que são trechos de rodovias com maior concentração de acidentes. A região Norte de Minas foi apontada como a que apresenta maior índice de letalidade, enquanto a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) lidera em volume de atendimentos. No total, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 70 mil ocorrências de trânsito nos últimos três anos.
Para enfrentar esses desafios, o Corpo de Bombeiros realizou mais de 300 ações de prevenção em 2023 e já instalou três novas unidades operacionais em Itaobim, Campo Belo e João Monlevade. Também foram criadas Brigadas de Incêndio em Paraisópolis e Carandaí, além da chegada de uma nova viatura especializada no atendimento a emergências com substâncias químicas, como resposta ao alto número de acidentes dessa natureza.
A comandante-geral da corporação, coronel Jordana Filgueiras, destacou que o uso da ciência tem sido essencial para os avanços. “Com o estudo, conseguimos direcionar os recursos com mais precisão. Em João Monlevade, por exemplo, a criação de um novo pelotão reduziu pela metade o tempo de resposta nos atendimentos”, afirmou.
Além disso, o CBMMG assinou um novo Termo de Cooperação com a UFMG, ampliando o investimento em pesquisa e inovação. A parceria prevê o desenvolvimento de estudos em geociências, ciência de dados, modelagem e sensoriamento remoto, com destaque para a futura adoção de inteligência artificial nos serviços operacionais, aumentando a precisão e eficiência dos atendimentos.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 18/05/2025 - 07:20
