Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A luta por direitos, segundo especialistas, segue atual e urgente diante da exploração acentuada por novas tecnologias e da resistência empresarial em adotar mudanças estruturais no mercado de trabalho
Mais do que um feriado, o 1º de Maio representa uma trajetória de resistência da classe trabalhadora. A data remete à greve ocorrida em 1886, em Chicago (EUA), quando milhares de operários exigiram a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias. A repressão policial violenta resultou em mortes, prisões e execuções, episódio que ficou conhecido como a "tragédia de Haymarket". A mobilização inspirou, em 1889, a Internacional Socialista a instituir o dia como marco global de luta pelos direitos dos trabalhadores. No Brasil, as primeiras celebrações aconteceram no final do século XIX e, ao longo do tempo, a data foi apropriada por diferentes governos, ganhando um tom mais festivo do que reivindicatório, sobretudo durante os governos de Getúlio Vargas e o regime militar.
Pesquisadores alertam que, apesar dos avanços, as condições de trabalho atuais ainda enfrentam desafios semelhantes aos do passado, como jornadas excessivas, baixos salários, pejotização e ausência de direitos para trabalhadores de aplicativos. A socióloga Laura Gontijo, da UnB, destaca que propostas como a escala 6x1 e a desregulamentação de vínculos formais precarizam ainda mais a vida do trabalhador. Ela defende a redução da jornada semanal para até 36 horas, sem corte de salários, como caminho para garantir mais qualidade de vida e justiça social. A luta por direitos, segundo especialistas, segue atual e urgente diante da exploração acentuada por novas tecnologias e da resistência empresarial em adotar mudanças estruturais no mercado de trabalho.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 01/05/2025 - 16:15