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Bares e restaurantes esperam alta de faturamento durante o “feriadão” de abril

Expectativa é de que o aumento da demanda no feriado ajude os empresários a compensar aumentos de custos e equilibrar as contas



Foto: Pirenópolis Tur


Uma oportunidade importante para os negócios se reequilibrarem


A Páscoa de 2025 pode representar um rompimento financeiro para muitos bares e restaurantes que ainda operam sem lucro. De acordo com uma pesquisa realizada pela Abrasel em março, 71% dos empresários esperam aumentar o faturamento durante o feriado prolongado de abril, em comparação com a Semana Santa do ano passado. Para a maioria (40%), o incremento deve variar entre 5% e 20%.

Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, destaca que os dados trazem uma oportunidade importante para os negócios se reequilibrarem. "O setor ainda enfrenta desafios notáveis, com mais de dois terços das empresas operando sem lucro, mas, ainda assim, há sinais positivos. Os dados sazonais, como o feriado prolongado da Páscoa, representam oportunidades de fortalecimento para muitas empresas que operam no limite", afirma.

Fevereiro foi solicitado, mas cenários apontam para recuperação

A pesquisa também revelou oscilações no desempenho financeiro das empresas. Em fevereiro, 30% dos negócios operaram com lucro, enquanto outros 30% fecharam o mês sem prejuízo e 39% registraram equilíbrio. Os números indicam uma piora em relação a janeiro, quando o percentual de empresas lucrativas era maior (36%) e o total de negócios operando em prejuízo era menor (25%).

"É natural que os negócios tenham sofrido queda na relação a janeiro, um mês tradicionalmente positivo para o setor. No entanto, a expectativa é de que os negócios tenham conseguido equilibrar as contas em março, impulsionados pelo Carnaval, e que esse movimento continue nos próximos meses, com dados estratégicos como a Páscoa, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados", analisa Solmucci.

Inflação e endividamento ainda preocupam empresários

Com o aumento nos custos operacionais, muitos empresários enfrentam dificuldades para reajustar os preços dos cardápios. Segundo o levantamento, 32% dos estabelecimentos não conseguiram realizar nenhum reajuste. Outros 59% conseguiram reajustar os valores conforme ou abaixo da inflação e apenas 9% aumentaram acima desse índice.

A pesquisa também apontou o nível de individualização entre os negócios. Ao todo, 39% dos estabelecimentos possuem pagamentos em atraso. Entre os principais débitos estão os impostos federais (74%), impostos fiscais (52%) e empréstimos bancários (37%).

"Um dos principais desafios dos empresários tem sido equilibrar as contas sem afastar os clientes. Muitos evitam reajustes nos preços para manter o movimento, mas, ao mesmo tempo, precisam arcar com dívidas e outros custos que continuam subindo. Isso pressionou a lucratividade e torna momentos de alta demanda, como os feriados prolongados, essenciais para que os negócios operem acima da média e tentem se recuperar", conclui Solmucci.




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 09/04/2025 - 19:20


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