Eu não pertenço à ninguém. Vivo, cada dia, escondido entre as mesas. Não pertenço à ninguém. Sou mais a lua do que o sol. Rabisco minhas palavras escondidas entre as minhas mãos, elas escorregam brincando de fantasia. Escrevo sem nunca ter sido poeta, mas brinco com as palavras que me permitiram brincar. Escrevo sem querer, mas a dor e toda a dor nos torna fantasiosos. E é assim que a vida caminha: a passos lentos, num verso que o vento leva e é assim o final de tudo: escrevendo, bebendo e morrendo. Mas isso é o final? Mas isso não é o final. É simplesmente existir. Escondido entre as sombras da lua, caminhando pelo vale da própria lua. Ele caminha solitário, rumo à "ELDORADO".
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 17/05/2025