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Toninho Noronha relembra perrengues e lições na Estrada Real

Um ano depois da chegada a Paraty, Antônio já tem outro desafio em mente: “Quero percorrer o Caminho de Cora Coralina, em Goiás”



Foto: divulgação


O impulso para deixar para trás o “liquidificador maluco” do dia a dia veio da vontade de respirar um novo ritmo e homenagear sua mãe


Há um ano, o lafaietense Antônio Noronha de Almeida, 50 anos, cruzava a linha de chegada em Paraty após partir de Diamantina e percorrer 1.050 km pela Estrada Real. Hoje, ele revisita os maiores desafios e o que aprendeu com cada um deles. O impulso para deixar para trás o “liquidificador maluco” do dia a dia veio da vontade de respirar um novo ritmo e homenagear sua mãe, Dona Avelina. “Eu precisava respirar, ver tudo de fora e, ao mesmo tempo, encontrar um propósito para minha jornada”, lembra Toninho. Aos 50 anos, Toninho — que prefere se definir mais como um observador do que como um caminhante profissional — encarou essa aventura como uma oportunidade de homenagear a mãe, Dona Avelina Noronha. 

A Estrada Real, conhecida por suas montanhas, cachoeiras e vilarejos encantadores, também reservou ao caminhante dores, imprevistos e, por vezes, a tentação de desistir. “Houve momentos de dúvida, claro, mas a sensação de que minha mãe estava comigo, cuidando de mim de algum modo me dava forças. Eu seguia tranquilo, sentindo que Deus e ela estavam ao meu lado”, reflete o caminhante com um sorriso sereno.  A lua cheia, o perigo e o milagre Entre os muitos imprevistos que surgiram ao longo do percurso, há uma história que Toninho conta com ares de quem escapou de um grande perigo. Era uma noite de lua cheia e ele, já cansado da caminhada, encontrou um contratempo: a lanterna, fundamental para a travessia, estava descarregada. “Ali, perdido, sem poder enxergar direito, a lua apareceu de forma tão brilhante que iluminou o caminho. O que aconteceu a seguir foi ainda mais extraordinário: uma árvore centenária caiu bem à minha frente, exatamente onde eu passaria, não fosse pelo tempo que perdi tentando tirar uma foto da lua”, narra, com a leveza de quem sabe que o destino tem suas próprias maneiras de cuidar da gente.

Um ano depois da chegada a Paraty, Antônio já tem outro desafio em mente. “Quero percorrer o Caminho de Cora Coralina, em Goiás. Será uma jornada de 300 km, com o objetivo de mergulhar nas poesias de Cora e também nas de Dona Avelina, minha mãe. Quero unir essas duas vozes e elaborar alguns diálogos entre fragmentos das poesias de cada uma para postá-los ao longo da caminhada junto com as belas paisagens do trajeto. Peço a Deus que me inspire”, conclui




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 20/05/2025 - 15:51


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