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Saúde


Sete mil pessoas aguardam por transplante de órgãos e tecidos em Minas Gerais

Diretor do MG Transplantes destaca que todos os procedimento seguem critérios técnicos e que a fila não permite privilégios



Foto: Peoplecreations / Freepik

 

Nos últimos tempos, a credibilidade da lista de espera por transplantes de órgãos tem sido tema de intensos debates e, muitas vezes, cercada por boatos e rumores infundados. Estes, por sua vez, podem ter um impacto negativo crucial na decisão das famílias de possíveis doadores de órgãos e tecidos, no momento de autorizarem a doação. No entanto, é importante esclarecer que a classificação na lista de espera é determinada por um conjunto de fatores técnicos relacionados exclusivamente ao quadro de saúde dos pacientes.

De acordo com o cirurgião e diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado, a distribuição dos órgãos é gerenciada pelo Ministério da Saúde de forma aberta e transparente. Os dados registrados no cadastro dos pacientes aguardando por transplantes dizem respeito estritamente ao tipo de doença, nível de gravidade e demais características imunológicas da pessoa. Essas informações são cruciais para determinar o lugar na lista de espera e constituem uma espécie de "carteira imunológica".

Omar Cançado rebate suposições de que a fila de transplantes esteja sendo submetida a privilégios, reforçando a confiabilidade da fila e de todo o sistema de transplantes no Brasil. Ele assegura que informações sobre a condição socioeconômica do paciente ou se a cirurgia será realizada na rede pública ou privada não são consideradas no processo de classificação da lista de espera.

É importante ressaltar que todos os órgãos distribuídos para transplantes no Brasil vêm do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pela captação, distribuição e regulação da fila única de espera. Independentemente do local onde a cirurgia será realizada, todos os pacientes aguardam na lista única de espera gerida pelo SUS, por meio do Ministério da Saúde.

Um ponto positivo a ser destacado é o aumento no número de doações e na realização de transplantes registrados no último ano, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Esse aumento é resultado, entre outros fatores, da circulação de informações corretas sobre a dinâmica do transplante de órgãos, que tem ganhado maior visibilidade e inserção nas conversas cotidianas.

Atualmente, sete mil pessoas aguardam por transplante de órgãos e tecidos em Minas Gerais, sendo a lista de espera maior para quem precisa de rim e córnea.

Um exemplo marcante da credibilidade internacional do sistema de transplantes do Brasil foi a viabilização da doação de órgãos de uma cidadã da Ucrânia, refugiada humanitária no Brasil devido à guerra em seu país. Com ação conjunta das diplomacias ucraniana e brasileira, e com apoio do MG Transplantes, o desejo da doadora foi realizado após sua mãe, localizada em uma das cidades sob bombardeio na Ucrânia, autorizar a doação.

É fundamental destacar a importância da conversa com a família sobre a vontade de ser doador de órgãos. Embora não seja obrigatório deixar um registro por escrito, é essencial que os familiares se comprometam a autorizar a doação por escrito após a morte do doador. Essa comunicação é crucial para garantir que os desejos do doador sejam respeitados e que vidas possam ser salvas através da doação de órgãos e tecidos.

Fonte: Agência Minas




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Postado por Rafaela Melo, no dia 05/03/2024 - 07:30


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