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Conselheiro Lafaiete registra 1 caso de dengue a cada 2 horas

Em menos de 1 mês, a cidade registrou 27% do total de casos confirmados em todo ano de 2023; El Nino é um dos culpados



Foto: PMCL

Lafaiete recebeu, esta semana, veículo que fará a pulverização (fumacê) dos locais onde há mais focos da dengue

Lafaiete fechou o mês de janeiro com uma verdadeira explosão de casos de dengue. Até o dia 26/01, a cidade já havia confirmado 350 casos da doença – 20 deles com sinais de alarme. São 13 confirmações por dia; mais que 1 a cada 2h. Esse número representa 27% dos 1.305 casos registrados em todo o ano de 2023, e quando se compara com o mesmo período dos anos anteriores, o panorama se mostra ainda mais preocupante: foram 8 confirmações em janeiro de 2023 e apenas 1 em janeiro de 2022. O número é 3 vezes maior que o observado em dezembro (115 positivos).


Não há mortes ou casos graves até o momento, mas as projeções são preocupantes. Isso porque, devido ao clima, o pico da doença é registrado, historicamente, nos meses de abril e maio, o que torna urgente um despertar para a prevenção, sob pena da cidade viver a sua maior epidemia da arbovirose provocada pelo Aedes aegypti. O número de notificações – que inclui casos em investigação e os descartados – também vem batendo recordes. Até 26/01, foram 1.012, contra 62 em todo janeiro de 2023 e 24 em janeiro de 2022. Registros tão altos assim só foram vistos em abril e maio de 2022 e 2023.


A situação, infelizmente, se repete em outros pontos do estado. Até 29/1, Minas Gerais registrou 23.389 confirmações para a doença e um óbito. 35 mortes estão em investigação. De acordo com o Ministério da Saúde, a projeção do aumento de casos da doença se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.

O que é a dengue?
A dengue, uma arbovirose transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, é uma doença viral que possui quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, todos capazes de desencadear diferentes manifestações da enfermidade. Embora todas as faixas etárias sejam suscetíveis, idosos e aqueles com condições crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, enfrentam um risco aumentado de desenvolver casos graves e complicações que podem ser fatais.
Os sintomas da dengue variam, podendo ocorrer uma infecção assintomática ou um quadro leve. No entanto, é importante estar atento a sinais como febre alta (39ºC a 40ºC) de início súbito, acompanhada por pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náusea, vômito ou presença de manchas vermelhas no corpo.


A forma grave da doença é motivo de preocupação, especialmente após o período febril. Sinais de alarme incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos em cavidades corporais, sangramento de mucosas e hemorragias. É crucial procurar atendimento médico imediatamente ao observar esses sintomas para evitar complicações graves.


Chikungunya - e não é só a dengue que vem sendo transmitida pelo mosquito. Oito moradores de Lafaiete tiveram o diagnóstico de Chikungunya confirmado em janeiro – exatamente o mesmo número observado em todo o ano de 2023. His­toricamente, Minas Gerais tem um ano epidêmico de dengue a cada três anos. Em 2023, foram registrados 327.238 casos e 204 óbitos de janeiro a dezembro. Neste ano, foram confirmados 6.206 casos e um óbito pela doença. Outros dois estão em investigação.

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Para denúncia de lotes vagos sujos: 99239-5538




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Postado por Rafaela Melo, no dia 11/02/2024 - 13:37


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