A trajetória de Marcio André Nepomuceno Garcia, mais conhecido como MC Marcinho, que faleceu no último sábado (26), foi marcada por uma série de sucessos no gênero musical conhecido como funk melody. No entanto, sua carreira também foi pontuada por diversos desafios relacionados à saúde, que muitas vezes o afastaram dos palcos e impactaram sua ascensão artística.
O artista, apelidado de "Príncipe do Funk", alcançou a fama nos anos 1990, durante o auge da Furacão 2000, uma produtora musical icônica do cenário funk carioca. Seu primeiro grande sucesso foi a música "Rap do solitário", que trazia versos como "Amor, por que você me trata assim? / Apenas quero te fazer feliz...". MC Marcinho foi pioneiro em trazer o dia a dia das favelas e periferias do Grande Rio para suas letras, caracterizando o chamado "Funk do bem", com enfoque na positividade e evitando temas apelativos ou pornográficos.
Além de sua carreira musical, MC Marcinho enfrentou inúmeras complicações de saúde ao longo de sua vida. Problemas cardíacos, um grave acidente de carro e a infecção pela Covid-19 foram algumas das intercorrências que o levaram a se afastar dos palcos em diferentes momentos. Sua resiliência diante dessas adversidades se tornou uma parte essencial de sua história, e sua determinação em continuar produzindo música mesmo em meio a desafios de saúde demonstra sua paixão pelo que fazia.
Após uma década de sucesso, ele sofreu um grave acidente em 2006, ficando oito meses no hospital. A recuperação foi árdua, mas ele retornou aos palcos mesmo de cadeira de rodas. Em 2019, um princípio de infarto o levou novamente ao hospital, e em 2020, ele enfrentou complicações da Covid-19, sendo internado no CTI.
Mesmo com todas as dificuldades, continuou a se apresentar e a compartilhar sua música com o público. Sua determinação inspirou seus fãs e mostrou que, mesmo diante de adversidades, é possível seguir fazendo o que se ama. Sua partida deixa uma lacuna na cena musical carioca e no coração de seus admiradores, mas sua história de superação e paixão pela música continuará a ser lembrada e celebrada.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 28/08/2023 - 19:20
