Os consumidores podem preparar o bolso. Dois fatores devem fazer a gasolina ficar mais cara entre junho e julho em todo o país. Especialistas estimam que, em Minas, o combustível poderá subir ao menos R$ 0,45.
O litro da gasolina poderá ter um reajuste de R$ 0,22 por causa do retorno integral dos tributos federais e mais R$ 0,23 de aumento devido à nova alíquota do ICMS, o imposto estadual. Ou seja, R$ 0,45 a mais do que é cobrado hoje nas bombas.
O primeiro motivo para a elevação é a mudança da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto estadual que incide sobre os combustíveis e que hoje tem valores diferentes em cada Estado.
A partir de 1º de junho, a alíquota do ICMS sobre a gasolina será a mesma para todo o país e com um valor já definido: R$ 1,22 por litro. A decisão, tomada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária após acordo entre os governos estaduais, já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Atualmente, os mineiros pagam um valor menor de imposto do que R$ 1,22. Para cada litro de gasolina é cobrado R$ 0,99 de ICMS em Minas.
“Alguns Estados têm as alíquotas superiores, como é o caso do Amazonas (20%) e do Piauí (23%), que é a maior do país. Mas a questão é que a grande maioria tem alíquotas de até 18%. Hoje, 18% do preço médio da gasolina, que está em R$ 5,50, dá 99 centavos. Com o ICMS agora fixo, de R$ 1,22 por litro, teremos um aumento médio de uns 23 centavos”, explica o economista do Observatório Social do Petróleo, Eric Gil Dantas.
E além desta possibilidade de aumento de R$ 0,23 no litro da gasolina em Minas por causa do ICMS, o segundo motivo que pode elevar o preço nos postos é o retorno integral dos impostos federais sobre os combustíveis – PIS, Cofins e Cide – a partir de 1º de julho.
Fonte: O Tempo
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Postado por Rafaela Melo, no dia 23/04/2023 - 11:20