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Região


Catas Altas da Noruega e a simplicidade acolhedora da fé

A forte presença do turismo religioso conta a história de uma população que gosta de receber visitas e uma padroeira que caiu do céu



O monumento à padroeira Nossa Senhora das Graças está localizado na entrada da cidade

Seguindo pela BR-482, a 40km de Lafaiete, encontra-se Catas Altas da Noruega. Uma pacata cidade no interior que encanta por sua simplicidade. Com forte presença religiosa, mantém aspectos culturais e históricos de sua trajetória, contribuindo para o sentimento de pertencimento dos moradores.

Como em muitas cidades mineiras, o surgimento do povoamento e origem do nome tem muita relação com a época da exploração do ouro na região. “Catas altas” remete ao processo primitivo da extração do material, com grandes escavações na areia dos rios até encontrar ouro no fundo do leito.  Já o termo “Noruega” tem raízes antigas, com os primeiros desbravadores que encontraram morros frios que “escondiam a face do sol”.

A turismóloga Sidneia Martins indica os pontos turísticos que ajudam a contar essa rica história centenária: “Catas Altas da Noruega possui um vasto patrimônio histórico, cultural e religioso. Os mais importantes e conhecidos são a Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante, o Museu e Arquivo Histórico de Catas Altas da Noruega – Memorial Padre Luiz Gonzaga Pinheiro”.

A padroeira da cidade é Nossa Senhora das Graças que chegou no município de uma forma muito inusitada. Enquanto um avião com problemas sobrevoava a região em 1949, a imagem da santa caiu, intacta, no chão. A pequena imagem em gesso, de aproximadamente 50 cm de altura, está em exposição na igreja Nossa Senhora do Rosário. Vale a pena conferir, também, o monumento dedicado à padroeira na entrada da cidade e a gruta próximo ao local onde foi encontrada.

Sidneia ainda destaca o Núcleo Histórico da Rua Lava-Pés e seus antigos casarões, o Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora das Graças e as capelinhas, conhecidas como Passos da Paixão. “Cada local tem uma importância própria para a comunidade. A forte religiosidade, que conta a história da santa que caiu do céu há mais de 70 anos, é a maior devoção dos catasaltenses e tem seu lugar de destaque no coração de cada um e no dia a dia da cidade”, relata.

Para ela, o turismo deve ser pensado como fator de desenvolvimento econômico. “Empresários e poder público deveriam desenvolver ações efetivas para dotar o município de atrativos turísticos, além de criar uma rede de serviços para o recebimento de turistas e divulgação de roteiros possíveis”, reforça.

Em uma cidade tão rica em cultura, cada canto tem uma história para contar. “É um pequeno lugar onde o turista pode encontrar o que há de melhor nas tradições mineiras: cultura no museu, fé e devoção em uma santa que caiu do céu, artesanato em pedra sabão, café com prosa e um passeio pelos olivais. Tudo isso nos torna um lugar único, além do nome mais poético de Minas Gerais”, finaliza Sidneia.

O Museu e Arquivo Histórico de Catas Altas da Noruega é um memorial ao Padre Luiz Gonzaga Pinheiro

Para saber mais sobre Catas Altas da Noruega, acesse o link:

Entre dívidas e cheques sem fundos, nova gestão assume Catas Altas da Noruega e se prepara para sair do vermelho

 




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Postado por Frances Elen, no dia 30/07/2021 - 09:47


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