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Cultura


Irmãos de 7 e 11 anos são os mais novos escritores mirins da cidade



 

"Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo". A frase da ativista Malala Yousafzai nunca fez tanto sentido como agora, em uma era altamente tecnológica e de supressão de valores essenciais. Mas será que é possível transitar entre esses dois mundos, o real e o digital, viver a infância e percorrer as trilhas da cultura sem se perder entre as milhares de distrações abertas pelos caminhos da conectividade?

Em Lafaiete, os irmãos, Arthur Martins Chaves, 11 anos, e Álvaro Martins Chaves, 7, mostraram que sim: é possível serem crianças conectadas, mantendo a essência infantil e a capacidade de imaginar e criar. Adeptos da leitura e das artes manuais, os dois tiveram, desde os primeiros anos de vida, contato com a literatura e incentivo às artes através da família e da escola. "Meus pais nunca se negaram a comprar livros; sempre nos incentivaram", conta Arthur. Dono do canal no YouTube "All Star vida de criança ", ele ensina artes, jogos e oferece conteúdos educativos para as crianças e jovens.

Com projetos selecionados para bolsas por meio da Lei Aldir Blanc - Arthur como escritor e Álvaro com um tutorial ensinando as crianças a como escrever seu primeiro livro - eles nos contam com entusiasmo como foi o processo de produção das obras:

 

Jornal CORREIO: Vocês já tinham escrito outras obras anteriores?

Arthur: Eu sempre gostei de escrever; tenho livrinhos feitos com vários temas. Mas sempre de forma muito simples; para minha família. Pensando na publicação, este foi o primeiro. Ah! Já havia feito uma música também. Falta colocar os acordes.

Álvaro: Eu não. Este foi meu primeiro livro, mas agora quero escrever outros. Fiquei muito feliz com o resultado, porque além de escrever, eu também ilustrei.

 

Jornal CORREIO: E sobre o quê vocês falam nos livros?

Arthur: “A gangue dos girassóis e a guerra contra os mosquitos” conta a história de um menino que se vê restrito de todas as atividades, por causa da pandemia. Ele mostra os desafios que temos que enfrentar na vida e como tudo fica mais fácil com o apoio da família e com as boas amizades. Eu considero este livro muito importante para crianças e adolescentes, especialmente no momento que estamos vivendo.

Álvaro: “O gato e a lata de sardinha” conta a história de um gato apaixonado por sardinhas que foi expulso de sua casa por seu dono sem coração. Ele tem que se virar nas ruas e consegue ser feliz novamente ao encontrar um amigo e uma família. Este livro foi inspirado na minha tia, que é defensora dos animais.

 

Jornal CORREIO: Qual a importância que vocês veem na leitura para a formação das crianças?

Arthur: Eu acho que a leitura estimula a criatividade, a imaginação. O conhecimento que adquirimos com a leitura nos ajuda a ser bem sucedidos na profissão que escolhermos.

Álvaro: Eu vejo que quem lê tem um futuro melhor. Sabe tratar com mais educação as pessoas, consegue conversar melhor com os amigos e família e se sai melhor nos estudos e na vida. Eu acho que em todas as escolas existem bibliotecas. Não precisa ter dinheiro para gostar de ler.

 

Jornal CORREIO: E o que vocês têm a dizer sobre as tecnologias (celulares, jogos, internet em geral)

Arthur: São muito importantes. Eu, por exemplo, sonho em ser programador da Microsoft e tenho um canal no YouTube, que se chama “All Star Vida de Criança”. Mas acho que se ficarmos bitolados só querendo jogar e ficar na Internet, isso diminui nossa inteligência e capacidade de se relacionar. Atrapalha até os estudos. Precisamos ter equilíbrio.

Álvaro: São muito importantes, mas não mais importantes do que brincar, ler, estudar...

 

Jornal CORREIO: Deixem uma mensagem final para os jovens que estão lendo esta matéria:

Arthur: Estudem muito, leiam sempre, vejam se as fontes do que pesquisam ou assistem são confiáveis e se dediquem muito ao que gostam ou ao que precisam fazer.

Álvaro: Treinem a leitura e a escrita. Escrevam cartas, bilhetes. O celular e o computador são importantes, mas não são o mais importante na vida. E tratem as pessoas e o animais sempre com gentileza e educação.

 

 

 

 




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Postado por Clara Maria, no dia 27/01/2021 - 18:30


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