A piracema começou no dia primeiro de novembro em Minas Gerais e os rios tendem – a gente espera – a ganhar um descanso dos anzoleiros, assim como os peixes, que precisam se reproduzir com tranquilidade, sem serem dizimados. A consciência é fundamental para que, no próximo ano, a partir de fevereiro, tenhammos peixes em abundância, como este ano, e condições de pescar e passar o esporte para nossos filhos e netos. Só desse jeito vamos garantir a perpetuação de espécies que correm, perigosamente, o risco de extinção, como os Pirás, as Corvinas do São Francisco, o Surubim de Minas, que é considerado como uma das espécies mais espetaculares do Brasil.
Portanto, caros senhores e senhoras, é preciso dar um descanso aos peixes, e deixar que eles se reproduzam com tranquilidade, sem o estresse dos anzóis, das chumbadas e, principalmente, das redes e tarrafas. A natureza merece essa atenção de todos nós, pescadores, empresários e a população em geral. Multiplique essa ideia e lute pela preservação de nossos rios. Minas já teve os rios mais piscosos do Brasil e hoje amarga os piores índices de destruição das espécies.
Mais do que respeitar a piracema, é preciso ter a consciência de que sem a natureza é impossível ter vida e sem o respeito a ela, não há como viver. Caso o desrespeito à natureza persista, seremos condenados a viver como zumbis, sem água, mato, animais e, principalmente, peixes. Quer pescar e não consegue ficar sem uma anzolada? Procure um dos muitos pesque-pagues na cidade e em nossa região. Faça a sua parte e deixe a natureza fazer a dela.
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Postado por Redação, no dia 17/11/2020 - 10:37
