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Amanda Oliveira


Conheça os impactos da nutrição em doenças crônicas



Fevereiro é o mês da conscientização sobre lúpus, fibromialgia, Alzheimer (relacionados à cor roxa) e leucemia (cor laranja). Como são patologias crônicas, que persistem, é preciso aprender a viver com elas – e muitas estratégias passam pela nutrição. “Lúpus e fibromialgia, por exemplo, são doenças reumatológicas que conferem baixa imunidade celular e tem melhora clínica comprovada com a dietoterapia. Uma pergunta que podemos fazer é: o que comer – e o que não comer – para ajudar a melhorar essa imunidade”, explica a nutricionista Amanda Oliveira.

O lúpus é uma doença crônica autoimune incurável, a partir da qual o nosso sistema orgânico produz mais anticorpos do que o necessário. Essas células de defesa passam a atacar o próprio organismo, causando inflamações nos rins, pulmões, pele e articulações. Sua origem não é totalmente conhecida. Sabe-se que fatores hormonais, genéticos e ambientais estão envolvidos no desencadeamento da doença, que acomete mais mulheres sendo mais comum durante a idade fértil. O ganho de peso é muito comum e o tratamento é para vida toda, intercalando períodos de crise e remissão.

“O paciente com lúpus tem maior chance de ter infecções virais e microbianas devido ao sistema imunológico deprimido. Então, a nutrição funcional equilibra a alimentação saudável, com a suplementação de probióticos, prebióticos (biomassa de banana verde, suco detox, kefir, kombucha, batata yakon), fitoterápicos e nutracêuticos, se necessário. O paciente precisa de comida de verdade, contendo nutrientes naturais e específicos para a melhora do quadro sintomático. A hidratação e a prática de atividade física são essenciais, assim como manter o peso em eutrofia, para somar ao tratamento imunológico. O uso de corticoides, sendo necessário, trará melhoras clínicas, mas pode aumentar a fome (ocasionando ganho ponderal) ou mesmo estimular a retenção hídrica do paciente (inchaço)”, pontua Amanda.

Já a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada a uma sensibilidade da pessoa frente ao estímulo doloroso. Caracteriza-se por dor crônica nas articulações, que migra por vários pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e músculos e atinge mais mulheres entre 35 e 50 anos. A síndrome também provoca cansaço, excessivo (fadiga), alterações no sono, ansiedade e depressão. A doença pode aparecer depois de eventos graves como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção. A nutrição melhora muito o quadro inflamatório, hormonal e a ansiedade de pacientes fibromiálgicos.

“Recomendamos o aumento da ingestão de alimentos fonte de vitamina C, Vitamina D, potássio, cálcio e magnésio, já que estes atuam melhorando a contração muscular e transmissão de impulsos nervosos. A ingestão mais frequente de alguns alimentos é interessante, como: brócolis, couve-flor, couve, repolho roxo, semente de abóbora, ovo caipira, castanha do Pará, alcachofra, abacaxi, mamão, alho, banana, cebola e abacate, entre outros. A retirada de glúten e lactose pode ser uma estratégia clínica nutricional, além da utilização de probióticos e probióticos. Mas é preciso ressaltar a necessidade de tratamento multidisciplinar (nutricionista, reumatologista, terapeuta), uma vez que a doença tem causa multifatorial e o efeito da dietoterapia não é imediato, mas a alimentação é mais um dos pilares do tratamento”, esclarece.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência, sendo neurodegenerativa progressiva muito em pacientes com idade acima de 60 anos. Provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social, o que leva a alterações comportamentais e de personalidade. “Embora ainda não exista nenhuma conduta 100% eficaz para o tratamento e prevenção do Alzheimer, alguns nutrientes possuem uma ação muito benéfica no retardo do declínio cognitivo, como: ômega 3; vitaminas do complexo b; vitamina c; vitamina e; magnésio; selênio; antioxidantes e fitoterápicos para melhora da função cognitiva (sistema neurológico- cérebro).

 

 

 

 

Leucemia – a leucemia é uma doença maligna que afeta o sangue. Trata-se de um câncer que tem início nas células-tronco existentes na medula óssea, de onde se originam as células sanguíneas. Nelas, são encontradas as células que dão origem às células vermelhas (responsáveis por transportar oxigênio pelo corpo), às células brancas (que combatem infecções) e às plaquetas (que auxiliam a coagulação sanguínea). Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula vão sendo substituídas por células anormais cancerosas, que não cumprem suas funções.

A doença pode ocorrer em qualquer idade, sendo a neoplasia mais comum entre as crianças. Sua causa exata não é conhecida, mas a leucemia tem influência de fatores genéticos e ambientais, resultantes de mutações no DNA, que podem ocorrer espontaneamente ou devido à exposição à radiação e/ou substâncias cancerígenas tendo como agravante a hereditariedade. No câncer em geral, acontece uma multiplicação celular desordenada de células indiferenciadas. Os principais sintomas decorrem da falha/diminuição na produção de glóbulos vermelhos (ocasionando anemia ferropriva), de glóbulos brancos (baixando a imunidade - organismo mais sujeito a infecções) e de plaquetas (causando sangramentos, manchas roxas ou pontos vermelhos sob a pele).

“O diagnóstico é feito pelo médico oncologista, mediante aos sintomas clínicos, exames bioquímicos e avaliação da árvore genealógica. A conduta nutricional vem somar ao tratamento através de uma dietoterapia imunomoduladora, anti-inflamatória e antioxidante para a melhora da resposta metabólica / energética ao tratamento oncológico. Logo, uma alimentação nutritiva, saudável, focada na ingestão de nutrientes de verdade, será não somente bem-vinda ao tratamento, mas também pode atuar na prevenção da doença. Aliados estes à atividade física e a um bom gerenciamento mental / psicológico, a saúde se instala”, conclui.

Dra Amanda Oliveira - Nutricionista Funcional - fala sobre como oferecer mais qualidade de vida aos portadores de lúpus, fibromialgia, Alzheimer e leucemia.



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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 14/03/2024

Amanda Oliveira


Nutricionista esportiva e clinica funcional

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