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Esporte


Retrospectiva 2015: faltaram apoio e administração, mas tivemos campeões



Como tem ocorrido nos anos anteriores, a falta de apoio público e as vaidades têm atrapalhado o desenvolvimento do esporte lafaietense em suas diversas modalidades. Em 2015 não foi diferente e alguns fatos contribuíram para desestabilizar ainda mais as poucas possibilidades.

Mas nem por isso alguns segmentos se deixaram curvar. Em evolução constante está a Associação dos Corredores de Rua de Lafaiete (Acorlaf). Além de representar a cidade em várias corridas na região, pelo estado e país, também em 2015 observou-se um maior número de adeptos às corridas, mas não só no atletismo, também nas corridas de montanhas, no duathlon e até no trithlon. Muitos atletas, nas diversas faixas do masculino e do feminino, superaram suas marcas pessoais e já sonham mais alto com pódios antes impossíveis.

A Aredesma manteve a tradição, conseguiu a participação das principais equipes da região na disputa de quatro certames. No primeiro semestre, o Queiroz Júnior foi campeão no Master-45 em uma final contra o Bela Vista. O Astra, de Congonhas, foi o campeão Sênior-55, com direito a clássico contra o Campolina, de Ouro Branco, na final. E atendendo a pedido de dirigentes, estendeu a disputa do Máster-50 e do Sênior-60 em dois turnos. Com isso, as finais serão em 2016, de forma excepcional, já que é comum a competição organizada à Associação fechar sua temporada dentro do ano.

A Associação Ciclística de Lafaiete (ACL) continua suas atividades, mas carece de organização jurídica. Vários atletas despontaram no jiu-jítsu, karatê e nas artes marciais. O Fut 7 também mostrou evolução, com o Carijós na sub-13 e o Aliança se destacando na categoria adultos da Copa Alterosa, em BH.

Já no futebol da Liga, a temporada foi frustrante. O campeonato amador de 2014 continua sem uma solução e não se vê a preocupação da entidade em dar satisfação à comunidade esportiva. Por determinação da própria diretoria, a Liga perdeu contato com a comunidade esportiva, deixando sua página na internet (http://ligalafaiete.tumblr.com) fora de operação. Afinal, "a informação digital" era tida como a maior evolução do futebol, o supra sumo, a maior novidade da administração Breno Bontempo.

No primeiro semestre ocorreu a Taça Vermetal, desta vez, com apenas nove clubes inscritos. Algumas desistências foram justificadas pela dificuldade de acesso às informações e o contato com a Liga. O Aimoré foi o campeão sobre o Flamengo e trouxe a garotada do Vila Nova para a entrega das faixas.

Não bastasse, por sua vontade e deliberação, o próprio presidente anunciou sua renúncia, antecipando em seis meses o final de seu mandato, convocou eleições em julho e depois alegou que não faria mais a eleição sem que isso fosse analisado por uma comissão, aumentando as dúvidas e gerando muita polêmica sobre a realidade de tal situação. A história ficou conhecida como "o presidente que soltou a vaca... e segurou o rabo". Como na administração da Liga, o presidente Breno Bontempo define tudo sozinho, ou seja, exerce também a figura de diretor técnico, de árbitros, secretaria, tesouraria, assessoria e de outros cargos. O mesmo ele fez na eleição.

Para tentar embaçar e no imediatismo da renúncia e do cancelamento da eleição, foi proposta a realização de torneios para a base. E aí, novamente a falta de apoio e descrédito do poder público à administração de Breno Bontempo ficou evidente: faltava a liberação da prometida e votada verba de apoio ao futebol amador no valor de R$60 mil, dos quais, com a intervenção do vereador Carlos Magno, foram conseguidos apenas R$15 mil em novembro. Mesmo sabendo que só teria essa parcela, Breno realizou os certames das seis categorias em 43 dias, só que sobrou para os clubes (pais e dirigentes) o pagamento das taxas de arbitragem na reta final.

Vale ressaltar que, como se tratava de competição da base, sem muitas exigências para crianças de 7 a 20 anos, a garotada ficou muito satisfeita, as competições agradaram tecnicamente e, para quem não teria um "PF" com direito a duas carnes (com sessenta mil não dá nem pra sonhar com mais do que isso!), ter um pão com salame estava ótimo.



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Escrito por Esporte, no dia 08/01/2016




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