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Graziele Mendes


Outubro rosa: cuidados alimentares na prevenção e tratamento do câncer de mama



 

No mês de outubro o mundo fica rosa! A época foi escolhida para realização da campanha “Outubro Rosa”, que acontece no mundo inteiro com o intuito despertar a consciência na sociedade e nas mulheres sobre a importância da prevenção, e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença é o segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino.

Diversos fatores podem contribuir para que uma pessoa tenha câncer de mama, como: idade (mulheres acima dos 50 anos), fatores hereditários (mutações genéticas), história reprodutiva (estímulo estrogênico), estilo de vida, incluindo o excesso de peso, principalmente na pós menopausa.

Se as pessoas optassem por uma alimentação saudável associado a prática regular de atividade física, mantendo o peso corporal adequado, aproximadamente um em cada três casos dos tipos de câncer mais comuns poderiam ser evitados. 

Há uma relação entre o intestino e câncer de mama, visto que parte do estrogênio é eliminado pelas fezes, entretanto em pacientes com microbiota intestinal debilitada, há um aumento da atividade de uma enzima chamada beta-glucuronidase. Esta enzima, reduz a excreção do hormônio pelas fezes, pois faz a com que o estrogênio sofra desconjugação e seja reabsorvido para circulação aumentando seus níveis circulantes.

 

Certamente você já ouviu alguns dizeres que merecem ser esclarecidos cientificamente: 

A cura do câncer pode ocorrer pela ingestão de um alimento denominado milagroso? Não. Uma alimentação saudável auxilia na prevenção e no tratamento do câncer. Recomenda-se o consumo diário de duas porções de frutas e três porções de legumes sem amido (como cenoura, couve-flor, berinjela, tomate) e verduras. Se possível de diferentes cores, como vermelha, verde, amarela, branca, roxa e laranja. 
 

Refrigerante causa câncer? Sim. Os refrigerantes contêm a substância 4-MI (4-metil-imidazol), considerada como possivelmente cancerígena pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tal composto é um subproduto do corante caramelo IV presente nessas bebidas.
 

Aquecer alimentos ou guarda-los quentes em recipientes plásticos aumenta o risco de câncer? Sim. Durante o aquecimento pode acontecer a liberação de substancias como, dioxina, bisfenol A (BPA), tais substancias são nocivas à saúde. Os especialistas recomendam não aquecer alimentos em recipientes plásticos, inclusive mamadeiras, porque não há como ter segurança quanto à presença ou não dessas substâncias nos recipientes utilizados. O melhor é transferir a comida para vasilhas de vidro temperado ou de porcelana que suportem o calor. Essa cautela se aplica também para as bandejas de espuma em que são acondicionadas lasanhas e outras massas, por exemplo. O filme plástico utilizado para proteger e cobrir alimentos também deve ser evitado, pois o vapor condensado pode respingar substâncias perigosas no alimento. É mais seguro usar papel toalha, pano de prato ou saco de papel. Tais cuidados são simples e podem evitar danos à saúde.
 

É preciso atentar a alimentação durante o tratamento

O primeiro passo é conhecer os efeitos colaterais de cada tratamento proposto para o paciente, para que assim o inicie e finalize seu tratamento sem interrupções causadas pelos efeitos colaterais. O estímulo a alimentos naturais, preferencialmente orgânicos e a redução de alimentos altamente processados deve ser prioridade.

A hidratação é um fator primordial, visto que proporciona eliminação da droga antineoplásica. Segundo Consenso Brasileiro de Nutrição Oncológica, recomenda-se de 30 a 35ml/kg/P.

Em alguns casos, torna-se necessário a utilização de suplementos nutricionais para suprir a necessidade de um nutriente específico ou ingestão inadequada. Alguns exemplos de utilização:  recuperação no pós-operatório, garantir oferta proteica em casos de sarcopenia, melhorar trânsito intestinal, entre outras.

Portanto, para prevenção do câncer de mama, é recomendável uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultra processados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas açucaradas, praticar atividade física, amamentar se possível, reduzir consumo de álcool, evitar o cigarro, fazer o autoexame (conhecer o seu corpo) e manter uma rotina regular de acompanhamento médico. Esse habito alimentar pode prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos de câncer a cada ano no mundo

 

 



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Escrito por Graziele Mendes, no dia 08/10/2020

Graziele das Graças T. Mendes


Nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva

grazielemendes6@gmail.com
(31) 99880-2324



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