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Fabiana Oliveira


Setembro Amarelo: a importância de falar sobre prevenção de suicídio



 

O principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, buscando alertar a população a respeito da realidade da prática no Brasil e no mundo. Para o Setembro Amarelo, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema.

Suicídio é o ato de tirar a própria vida intencionalmente. Também fazem parte deste comportamento os pensamentos suicidas, planos e tentativas de morte, uma prática normalmente motivada por transtornos psicológicos.

 Durante todo o mês de setembro, ações são realizadas a fim de sensibilizar a população e os profissionais da área para os sintomas desse problema e para o mental. Assim, fazendo-os entender que isso também é uma questão de saúde pública. Infelizmente para muitos, o suicídio ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas sim uma espécie de fraqueza de conduta ou personalidade.

Segundo dados recolhidos em 2012 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, sendo 75% destes indivíduos moradores de países de baixa e média renda. Estima-se que no mundo acontece um suicídio a cada 40 segundos.

Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Todos os dias, pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas. Todos esses números poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção do suicídio.

Como identificar alguém que precisa de ajuda e corre risco de suicídio?

Pessoas sob risco de suicídio podem: apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos; ter casos de doenças psiquiátricas como: transtornos mentais, transtornos de humor (depressão, bipolaridade), transtornos de comportamento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas), transtornos de personalidade, esquizofrenia e ansiedade generalizada; apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia; sofrer mudanças nos hábitos alimentares ou de sono, odiar-se, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo; ter um desejo súbito de concluir afazeres pessoais, escrever um testamento; apresentar sentimentos de solidão, impotência e desesperança; escrever cartas de despedida; falar repentinamente sobre morte ou suicídio; apresentar um convívio social conturbado; ter doenças físicas crônicas, limitantes e dolorosas, doenças orgânicas incapacitantes como dores, lesões, epilepsia, câncer ou AIDS; apresentar personalidade impulsiva, agressiva ou humor instável.

As pessoas que pensam em suicídio normalmente estão tentando fugir de uma situação da vida que lhes parece insuportável, buscando o alívio imediato por sentirem-se envergonhadas, culpadas ou por se acharem um peso para as pessoas a sua volta; sentimentos de rejeição, perda ou solidão.

O que leva uma pessoa a cometer suicídio?

Os fatores que podem levar alguém a cometer suicídio são inúmeros. Embora, em sua maioria, os casos de suicídios estejam ligados a sofrimentos psíquicos ou a distúrbios psiquiátricos, é preciso entender que essas características não resumem, nem definem todas as causas de suicídio.

Mesmo assim, é importante frisar que transtornos psicológicos estão presentes em grande parte dos casos de suicídio. Uma pessoa diagnosticada com transtornos como depressão, transtorno bipolar, transtorno borderline, esquizofrenia e outros transtornos de personalidade são consideradas grupo de risco para o suicídio. É importante manter a atenção sobre possíveis sinais de que esses indivíduos estão tendo pensamentos suicidas.

Uma pessoa que decide tentar tirar a própria vida pode fazê-lo pela influência de fatores como: dificuldade de relacionamento e socialização, sentimento de não pertencimento, bullying, problemas amorosos, tensões familiares, falta de propósito de vida, abuso físico e/ou psicológico, abuso de álcool e outras drogas, além de sofrimentos físicos e psicológicos.

O abuso de substâncias representa um fator de alto risco para suicídio por intensificar sintomas de depressão. É importante estar atento a sinais de risco se você ou alguém próximo possui alguma dependência química.

O risco de suicídio também é maior em pessoas que já tentaram suicídio anteriormente, embora muitos pensem o contrário. Por isso, precisamos estar atentos aos sinais de que alguém está pensando em suicídio, pois muitas vezes essa pessoa pode não ter sido diagnosticada com nenhum transtorno mental, porém, mesmo assim, ter pensamentos suicidas e até mesmo vir a cometer o ato. 

Como ajudar de imediato?

Para ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, como: ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo; ser afetuoso e dar o apoio necessário; levar a situação a sério e verificar o grau de risco; perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores; explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional; conversar com a família e amigos imediatamente; remover os meios para o suicídio em casos de grande risco; contar a outras pessoas, conseguir ajuda; permanecer ao lado da pessoa com o transtorno; procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles; aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento; demonstrar preocupação e cuidado constante.

O que não fazer

Jamais ignore a situação de uma pessoa com comportamentos e pensamentos suicidas. Não entre em choque, fique envergonhado ou demonstre pânico. Não tente dizer que tudo vai ficar bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir para que isso aconteça.

A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não dê falsas garantias nem jure segredo, procure ajuda imediatamente. Principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise nem a julgue por seus atos.

Suicídio: procurando ajuda

Enfim, buscar ajuda é a atitude mais efetiva no combate ao suicídio. Se você conhece alguém que está passando por um momento difícil, ou identificou em si mesmo sinais de risco, busque ajuda de um profissional.

Para pessoas com pensamentos suicidas, os primeiros recursos ou fontes de apoio são: família; amigos e colegas; unidades de saúde: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Unidades de Saúde da Família, clínicas, consultórios psicológicos, urgências psiquiátricas, profissionais de saúde: médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, agentes de saúde e grupos de apoio.

Além disso, para acessar mais conteúdos gratuitos como esse sobre psicologia e saúde mental, clique na rede social que preferir:  Instagram ,  Facebook   e YouTube!

Por fim, você também pode buscar O CVV – Centro de Valorização da Vida. Trata-se de um canal de comunicação que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, com atendimento gratuito para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Para entrar em contato com o CVV basta discar 188.

A grande maioria das mortes por suicídios podem ser evitadas e o diálogo sobre o assunto é o melhor jeito de fazer isso. Se você ou alguém que você conhece possui pensamentos suicidas, peça ajuda.

Texto inspiração Eurekka

 

                                       

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Escrito por Fabiana Oliveira , no dia 18/09/2020

Fabiana de Oliveira Costa


Psicóloga


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