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Pesca


O acidente que mudou a rotina da Turma dos O Quêêê



P. de Souza
Repórter e pescador

Fundada em 1997 pelo médico e pescador Luiz Flávio Vilela, com uma viagem ao rio Araguaia, em Luiz Alves (GO), a famosa Turma dos O Quêêê já tem 23 anos de vida. Ao longo dessa linda trajetória, muitas histórias foram contadas, filmadas e gravadas eternamente em nossa memória e de quem, um dia, pôde compartilhar as viagens e pescarias dos aventureiros de Lafaiete. Foram milhares de peixes fisgados, fotografados e devolvidos aos rios nos diversos pesqueiros visitados pelo grupo, em várias partes do país. Os O Quêêê já anzolaram no Xingu, Araguaia, Teles Pires, Aripuana, Madeira, Guaporé, Suiá Miçu, Amazonas, Negro, Cuiabá, Paraguai, Paraná, São Francisco, Kuluene, Sete de Setembro, Mortes, Grande e muitos outros.


As viagens eram feitas de ônibus, barco e aviões e, nesse período de 23 anos, apenas um acidente aconteceu e mudou para melhor a rotina de segurança dos pescadores lafaietenses. O ano era 1998 e a turma de Lafaiete viajava rumo à pousada Nascente do Xingu, localizada na margem direita do rio Sete de Setembro, na cidade de Canarana, no Mato Grosso. Era a inauguração da pousada, que pertencia a empresários de Belo Horizonte.


Nessa viagem, iniciada numa quinta-feira de junho, à noite, o grupo, que dividia o ônibus da empresa São José, com outros pescadores de Belo Horizonte, era formado por Dr. Luiz Flávio Vilela, Mauro Moreira (Topógrafo), Takashi Kiomura, José Leite Antonucci e José Jairo (falecidos), Dr. Airton Ramalho, Zé Maria, Luiz Maurilio da Silva (Nonô da Madeireira), Ariel, José Silvestre e Toninho Piteira. Na primeira noite, tudo correu bem, assim como na sexta-feira durante o dia e também na noite. Já na madrugada de sábado, por volta de 1h da manhã, a cerca de 20 km da cidade de Barra do Garça, ainda no estado de Goiás, o motorista que tinha pegado no volante duas horas antes, dormiu num trajeto reto e acabou saindo da pista num pasto ao lado da rodovia. O veículo quebrou a suspensão dianteira e os vidros da frente.


Além do susto e do medo de alguém ter se ferido gravemente – o que, graças a Deus não aconteceu – ocorreram apenas perdas materiais, já que, como tinha falado antes, o grupo viajava para inaugurar o rancho e, portanto, dentro do coletivo havia alimentos, cervejas, além de tralhas e pertences pessoais dos aventureiros. Refeito o susto, um segundo ônibus foi ao encontro do grupo e após algumas horas na beira da estrada e a dificuldade da mudança da bagagem, a viagem seguiu e muitos peixes foram fisgados naquela oportunidade, dentre os quais, um lindo trairão embarcado pelo José Silvestre.


O lado bom do ocorrido, se é que podemos falar assim, é que nunca mais, em dezenas de outras viagens, o motorista ficou sozinho ao volante. Foram feitas mudanças nos protocolos de segurança e os próprios pescadores vaziam rodízio para ficar conversando com os choferes de maneira que o sono fosse embora. Graças a Deus, nunca mais aconteceu caso parecido.

 



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Escrito por Pesca, no dia 29/07/2020




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