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Aloisio Ramalho


Como agir em tempos de crise



Vamos falar de crise?

 

A “tão falada crise” está tirando o sono de muitas pessoas. Muitas empresas estão em dificuldade, empresários passando sufoco para equilibrar as contas e não quebrar, enquanto colaboradores passam sufoco com medo de ficarem desempregados e não conseguirem sustentar suas famílias.

 

O desemprego é uma realidade no nosso país, não existe como negar o fato. Precisamos é deixar de melindre, encarar o tema e buscar uma solução. Focando na resolução, e não no problema, trazemos uma visão positiva do que eu acredito que gestores e profissionais deveriam fazer para se livrar da nuvem negra da crise.

 

Enxugue sua máquina

 

Começando, sempre, pelo topo da pirâmide: o empresário e gestor. Você, que tem uma equipe a liderar. A primeira coisa a ser feita, hoje, como administrador de uma empresa é: enxugar a sua máquina. Mas, você sabe o que significa quando falo em “enxugar a máquina”?

 

É retirar o máximo de excesso que sua empresa tem, em todos os fatores. Você precisa deixar sua empresa e suas operações leves.

 

Durante o período de crescimento da crise, muitas empresas apresentaram queda no faturamento. Negócios que, antes, iam bem e que caíram seu faturamento. Na posição de consultor de empresas, noto que, em muitos casos, existe uma diferença óbvia entre a empresa vender, e o cliente de fato comprar dela.

 

Muitas empresas são pegas na armadilha: acham que vendem seus produtos e serviços, mas, na verdade, as pessoas é que compram. O cliente é o pilar. Se o cliente deixar de comprar, você deixa de vender. Mudar a visão do seu negócio é o segredo para superar a crise.

 

Caso o seu cliente pare de entrar na sua loja, caso pare de comprar o seu produto ou serviço, você com certeza vai sentir esse efeito no seu faturamento, diretamente. Nesse caso, a primeira coisa que precisa fazer é “enxugar a máquina”, reduzir os gastos extras das operações. Você pode estar, por exemplo, pagando juros altos em adiantamento de caixa. Descubra onde a torneira está aberta e feche-a, imediatamente!

 

Próximo passo: aprender a vender. Você, que acompanha a crise, já sabe que o cenário está negativo, mas, apesar disso, adote uma postura otimista! Perceba que há empresas se reinventando e conseguindo novos resultados, apenas saindo da mesmice, do que todos já vêm fazendo.

 

Capacite-se

 

Por isso mesmo que você, empresário, gestor, não deve desistir ou se desesperar. Mantenha a calma, abrace o novo momento, você, empresário, tem como sair da crise. Existem várias formas disso e, caso não esteja conseguindo, peça ajuda! Não é vergonha buscar ajuda e soluções para resolver os problemas da sua empresa. Não seja o empresário rambo, que “mete a faca na boca, a faixa na cabeça e saí desbravando o mercado sozinho”.

 

A ajuda pode vir de vários lugares: um amigo, uma consultoria, um curso. O importante é capacitar-se para buscar novas formas de fazer funcionar.

 

Lembre-se: o que você está fazendo hoje, gera o resultado que você já tem. Para gerar novos resultados, você precisa fazer coisas novas, diferentes.

 

Se a sua empresa não vende mais como antigamente, por que, antes, tinha demandas de clientes e, agora, sofre queda de fluxo e de faturamento, é hora de gerar estímulo! O seu público de hoje também não é mais o mesmo. Você precisa gerar no consumidor uma necessidade de aquisição de seu produto ou serviço. Existem técnicas e ferramentas para isso.

 

Engaje sua equipe

 

É importante ter, acima de tudo, uma equipe que compre a sua ideia, que venda o propósito do seu negócio e não esteja lá apenas esperando a hora de bater o ponto e ir embora.

 

Mantenha uma equipe que esteja ciente da sua realidade. Que conheça as dificuldades do mercado, que saiba que a economia está passando por um momento difícil, que as vendas caíram, mas, que, você está otimista, e que acredita na empresa, que vai passar por esse momento e sair da crise. Mostre que precisa da equipe para ir lado a lado com você nessa turbulência e que, juntos, podem e vão encontrar formas criativas de vencer a crise.

 

Nessa mesma crise, existem empresas que saem do mercado, e outras que permanecem em crescimento. Qual é o caso da sua? E onde você pretende estar?

 

Se você já identificou queda de faturamento e pretendia manter as mesmas práticas, no mesmo estilo de trabalho de sempre, pode ter certeza, terá momentos piores, e pode não sobreviver.

 

Não tenho dúvidas de que empresas que agem diferente, empresas que decidirem se reinventar durante a crise, sairão dela, ainda melhores do que entraram.

 

O que você, colaborador, pode fazer

 

Você, colaborador da empresa, que também está preocupado com a crise, com medo de a empresa que trabalha quebrar, de perder o emprego e a fonte de renda que sustenta sua família hoje, quero te dizer uma coisa: eu mesmo já passei por empresas em momentos de crise e tenho certeza que essa é uma grande oportunidade para você crescer. Uma forma de fazer isso é mostrar para o seu gestor que está nessa com ele.

 

Coloque-se ao lado do nível tático e estratégico, comunique que está junto da empresa, trabalhe mais que o que está habituado, inove e capacite-se, crie novas soluções, traga coisas novas para sua gestão, que possam ajudar a empresa. Quando o momento de dificuldade tiver passado, o seu gestor vai lembrar de quem estava com ele e te reconhecer.

 

Mesmo colaborador, você também tem um papel importante para manter o resto da equipe otimista e estimulá-los a fazer algo de diferente. Esse é o tipo de contribuição positiva que você pode dar a empresa.

 

Seja positivo, relacione-se bem com seus colegas e tenha atitudes construtivas. Acredito muito que você pode ser o cara que vai ajudar a empresa, empresa que paga seu salário e, consequentemente, suas contas. Aumente os resultados da empresa para aumentar os seus.

 

Na pior das hipóteses: se você não for reconhecido após esse momento de crise e dificuldade, lembre-se de que suas atitudes fizeram crescer, antes de tudo, a você mesmo, a tornar-se um novo e melhor profissional.

 

Essa junção de gestor e colaborador é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Mas, havendo uma realidade como essa, aliada à capacitação, não há por que não ser otimista. 

 

Não existe chefe, não existe subordinado, existe uma equipe unida para salvar a organização.

 

No mercado, por aí, tem muita empresa que vai bem, e muita empresa que vai mal, da mesma forma que era nos temos antes da crise. Tirando o viés da política, tenho um pensamento voltado a acreditar que os fatores externos não servem de desculpas para os resultados de um negócio. Quando as pessoas se viram apenas para as questões externas como fonte de seus problemas, se eximem da responsabilidade de fazer dar certo.

 

Quando assumo que, independente de crise, de governo, de economia, a responsabilidade de mudar o meu negócio é minha, eu começo a trabalhar. O poder está nas minhas mãos. Quando assumo que o dever de sair da crise, independente de como esteja o cenário mercadológico, é meu, eu começo a deixar de reclamar, e ajo.

 

Esse é o ponto fundamental: aja. Capacite-se, faça o que quer que o leve a resultados, seja participando de cursos, estudando em casa, contratando consultorias, ou seja, cercando-se do que vai te fazer bem.

 

Resumindo, em tempos de crise, lembre-se: enxugue a máquina que, o que vier, é lucro. Quando o mercado retomar a fase de crescimento, sua operação vai se beneficiar.

 

Mas, calma, muitos empresários, quando ouvem esse conselho, saem cortando pessoas das empresas. Eu, particularmente, acredito que demitir deve ser a última opção. Claro, às vezes, é uma opção necessária, mas deve ser encarada sempre como a última opção, depois de tentar todas as outras.

 

Caminhe junto com sua equipe. Troque ideias sobre o que precisa ser feito para cortar gastos, vender mais. Às vezes o time mesmo tem muita ideia boa, você só precisa perguntar e escutar.

 

Qualifique-se, deixe o time energizado e foque sempre na solução! Tudo muda se você mudar. E conte comigo se precisar!

 

Forte abraço!



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Escrito por Aloisio Ramalho, no dia 08/05/2020

Aloísio J M Ramalho


Consultor Empresarial

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